Opinión

De que vai o Partido Popular?

O que ocorreu no pleno do Concelho da Corunha é inaceptável.

Este 8 de Maio o pleno municipal aprovou dar luz verde a unha serie de medidas pendentes na cidade en materia de Memoria Histórica, entre elas instar a convocatoria do Conselho da Memória Democrática.

Os concelheiros do PP votarom em contra. Contra a verdade, contra a justiça e contra a reparaçom dos direitos humanos conculcados na ditadura. Som negacionistas do passado, umha atitude que póm em perigo o futuro das geraçons que venhem.

Pouco antes da derrota de Hitler, os fachas que mandavam na Corunha ainda coqueteavam co III Reich. No mesmo lugar no que onte estavam sentados os concelheiros do Partido Popular, a corporaçom municipal franquista cedia gratuitamente á embaixada alemá duas parcelas em Sto Amaro para que puderam ser enterrados militares do exército alemám.

Autoridades do III Reich asistindo á inauguración do Mausoleo de exaltación do nazismo en 1944 do que hoxe coñecemos como Cemiterio Civil. Na imaxe de cabeceira deste artigo podemos ver unha imaxe do mausoleo.
Bebel García, un dos irmáns da lexivia coa camiseta do RC Deportivo

O mausoleu nazi da Corunha erigiu-se em Novembro de 1944, depois de que milhons de seres humanos foram exterminados nas câmaras de gas. Mentres os nazis eram enterrados com honores em Sto. Amaro, o jogador do Deportivo Bebel García era sepultado no mesmo cemitério numha fosa comum, junto a Enrique Miguel Moscoso e France García, e nom forom os únicos.

Centos de corunheses, a maioria entre 17 e 24 anos, forom vilmente assassinados polos franquistas e sepultados em enterramentos clandestinos. Eram jovens dos bairros da Silva, de Oza, de Labanhou, de Montealto, de Elvinha…. ai seguem, em pleno 2025, sem que os seus restos sejam dignificados, para vergonha da humanidade.

Com esta negativa, em pleno 2025, o Partido Popular fica ancorado num passado que já nom podemos tolerar. A sua atitude nom só é humilhante para as vítimas da ditadura. Supóm um despreço à dignidade dos bairros da Corunha e um insulto à memória colectiva da cidade.

Un artigo de opinión de Rubem Centeno, membro da Xunta Directiva da Comisión pola Recuperación da Memoria Histórica da Coruña

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